ARARUTA

Maranta arundinacea

Da raiz dessa planta produz-se a famosa farinha de araruta, rica em nutrientes. Acredita-se que essa planta seja um antidoto para veneno de cobra.
Descrição : Planta da família das Maranraceae, também é conhecida como agutiguepe, araruta-caixulta, araruta-comum, araruta-especial, araruta-gigante, araruta-palmeira, araruta-raiz-redonda, araruta-ramosa, embiri1 e agutingue-pé.
Erva medicinal, cuja pátria é o Brasil, onde vegeta em todo o seu território.
Vivaz, de rizoma fusiforme com escamas aplicadas e caule articulado até 120 cm de altura, folhas pecioladas e com longas bainhas foliáceas, ovais lanceoladas, acuminadas com limbo de 10-20 cm de comprimento e 5 a 8cm de largura, pubescentes na página inferior.
Suas flores irregulares, pequenas, brancacentas, solitárias ou dispostas em panículas terminais irregulares, protegidas por brácteas invaginantes.
Seu fruto plano-convexo, primeiramente baciforme e depois seco.
Suas sementes são rugosas, vermelho claro e com arilo amarelo.
Indicações : O rizoma desta planta fornece a célebre farinha de araruta, muito nutritiva, delicada, inodora e analéptica e entra em todas as combinações que se queira fazer com leite e água, servindo ainda para muitos outros pratos como bolos, cremes, doces, biscoitos, etc.
Muito útil na alimentação de crianças.
Araruta
Propriedades medicinais :
Contra as febres intermitentes, contra a dispepsia, sendo que seu suco acre serve contra a mordedura de cobra e picada de insetos e quando colocado sobre a língua aumenta a salivação.
Serve como forragem e é muito indicada para, a engorda de suínos.
Algumas tribos do Brasil já aconheciam como Arú-Arú e os os Caraíbas acreditavam que a farinha de araruta constituía um neutralizador do veneno impregnado das flechas atiradas pelos seus inimigos.
Do seu nome indígena, os portugueses adaptaram-no para Araruta.
Habitat : Existe grande variedade dessa planta. Em São Paulo existe a Caisulta, Comum, Gigante, Especial, Imbiri, Palmeira, Raiz Redonda e Ramosa, sendo que a Caixulta é a melhor.
Nativa no Brasil, conhecida pelos índios, espalhou-se no entanto pelo mundo todo, sendo o sue comércio muito forte no exterior. No Ceilão chamam-na Araluk e Hulankiriya.
Nota : Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo dessa planta.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47, onde as variedades são cultivadas organicamente.

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